Dunga é o novo treinador da Seleção Brasileira

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Em coletiva de imprensa realizada na sede da CBF no Rio de Janeiro, o presidente da entidade, José Maria Marin anunciou Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, como o novo treinador da Seleção Brasileira de Futebol.

Bem...para começo de conversa: Dunga foi técnico da Seleção entre 2006 e 2010. Apresentou bons resultados como a conquista da Copa América de 2007, na Venezuela e da Copa das Confederações de 2009, na África do Sul.

O grande problema é: na ocasião, Dunga fora contratado por Ricardo Teixeira sem ter nenhuma experiência anterior como técnico. Apesar dos resultados expressivos, fracassou no Mundial de 2010, sendo eliminado nas quartas de final pela Holanda após erros de Júlio César e Felipe Melo.

Após a Copa da África do Sul, Dunga ficou mais de três anos sem emprego, tornando a comandar uma equipe em 2013, o Internacional, onde começou a carreira de jogador, sendo campeão gaúcho.

A questão é a seguinte: não aprofundarei no assunto dos atritos que ele teve com os profissionais de imprensa. Treinador não é obrigado a ser simpático com todo mundo e ser amigo de todos os jornalistas. Cada um está fazendo o seu trabalho. Se o repórter fizer uma pergunta que o desagrade, o técnico tem todo o direito de não respondê-la. 

O problema é ainda a falta de experiência. Dunga não é o nome certo para o momento atual da Seleção. O ideal seria um treinador estrangeiro com vasta experiência, para dar uma sacudida em tudo. A outra opção seria Tite ou Cuca, dois jovens técnicos, bem sucedidos, que certamente mudariam a forma do Brasil jogar.

Outra questão preocupante: Por quê Gilmar Rinaldi foi contratado como coordenador técnico? Até ontem, o ex-goleiro do Flamengo era agente FIFA, ou seja, empresário de jogadores. Qual critério o Marin usou para contratar o Gilmar? Na coletiva ele disse que o Gilmar é um bom pai de família, etc... então qualquer um pode assumir esse cargo.

Qual será o futuro da Seleção Brasileira? Na minha humilde opinião, bastante nebuloso. Enquanto a alta cúpula da CBF não entender que precisa mudar, adequar-se aos novos tempos, veremos os outros conquistando títulos, fazendo história e nós presos ao passado de cinco títulos mundiais.


Explicações: Curvados e envergonhados

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Só de ver a foto acima, o post não precisa de título.

Já passaram quase 24 horas de um dos maiores vexames da história do futebol brasileiro. Todos sabem o que aconteceu, porém as explicações são as mais diversas:

O Brasil curvou-se diante da seleção que eu considero a melhor da Copa do Mundo. Era prevista uma derrota? Claro que sim! Mas lógico, que ninguém seria capaz de prever um placar de tal magnitude entre duas potências do futebol.

A meu ver, esse Mundial por parte do Brasil começou da forma totalmente errada. Assim que o Brasil foi anunciado sede da edição de 2014, o comitê organizador frisou que as obras seriam "bancadas" pela iniciativa privada. Uma grande mentira.

Durante a Copa das Confederações de 2013, choveram protestos em todos os cantos do país, enquanto o pau quebrava nas principais capitais da nação. A Seleção, comandada por Felipão, anestesiava a massa conquistando um título da insignificante Copa das Confederações sobre a já decadente Espanha, que passou a maior parte do tempo na farra em Recife do que se concentrando.

A CBF, fez um planejamento de acordo com os seus padrões: um planejamento porco. Depois da demissão de Mano Menezes, resolveram apelar para o Luís Felipe Scolari para reeditar a "família Scolari". Junto com ele, foi contratado também Carlos Alberto Parreira como coordenador técnico. A solução era apegar ao passado, mesmo sabendo que Scolari havia deixado o Palmeiras no Brasileiro de 2012 praticamente rebaixado e obteve sucessos parcos em trabalhos anteriores, inclusive treinando um clube no longínquo Uzbequistão.

Com Felipão na Seleção, as portas se abriram para alguns setores da mídia "puxassaquetes" e começaram a considerar o Brasil como o favorito ao título da Copa, ignorando outras equipes melhores como Alemanha, Holanda e a rival Argentina.

Felipão ao lado do "pintor de quadros" resolveu usar sua velha tática: jogar tudo nas costas do melhor do time. E quem é o melhor do time? Acertou quem disse Neymar. A mídia começou a fazer todo tipo de comerciais com o moleque, vendo nele um "novo Pelé". 

Copa iniciada, campanhas pífias. Vitória sobre os croatas graças ao árbitro japonês. Empate sofrido contra a excelente defesa mexicana. E uma goleada sobre a fragmentada -e já eliminada- seleção de Camarões. Nas oitavas de final, ao pegar o Chile, levou o jogo para os pênaltis graças à incompetência dos chilenos. Ao encerrar a disputa de penalidades, o time inteiro se desmanchou em lágrimas. Algo muito errado estava acontecendo. Não era normal uma seleção desabar desse jeito.

Ao enfrentar a Colômbia, apesar da melhor atuação da equipe no Mundial, o Brasil perde seu principal jogador: Neymar é atingido covardemente por trás por Zuñiga. O seu principal zagueiro, Thiago Silva foi suspenso.

O que fazer? Felipão e Parreira só conhecem o esquema "joga pro Neymar", quem iria para o lugar da "grande estrela"? Durante toda a semana a imprensa ficou martelando isso. Um grupo de jogadores que já era emocionalmente instável, depois dessas duas baixas, estava arruinado, pois iria pegar a Alemanha.

Brasil entrou em campo com cara de derrotado. David Luís como capitão e Júlio César carregavam a camisa 10 de Neymar. Os atletas cantava o hino a plenos pulmões junto com a torcida no Mineirão. Tudo isso é muito bonito, ou brega, como queira, mas esse dramalhão mexicano não ganha jogo algum. 

Tinham pela frente uma equipe que joga em conjunto, séria, um treinador inteligente. Em menos de trinta minutos, os alemães meteram cinco gols na mal armada zaga brasileira formada por Dante e David Luís (até agora quero entender por que Dante está entre os convocados). No segundo tempo, a Alemanha poderia ter dobrado a vantagem, porém, teve pena- ou respeito, preferiu dar um fim mais digno à nossa seleção.

O Brasil sofreu o maior vexame em toda a sua história. Na coletiva, o treinador "paneleiro" se explicou com a seguinte pérola:"Não foi de todo ruim". Filho, se você treina a seleção de Montserrat ou Martinica e leva de sete, aí sim cabe a infeliz frase. Mas estamos falando de uma seleção cinco vezes campeã do mundo, que se perdeu em meio a oba-oba, treinos abertos ao público, puxassaquismo da imprensa, jogadores cheios de marra e comissão técnica ultrapassada e sem noção.

Toda eliminação brasileira em Copas os torcedores esperam por mudanças. Mas essa derrota exige uma mudança drástica, de cima para baixo.

Parabéns à seríssima seleção alemã, que apesar de toda simpatia para com os brasileiros, foi altamente profissional. Chegando ao ponto de construir um CT no interior da Bahia só para eles.

Temos muito que aprender com o futebol do século 21.